Quatro horas da madrugada, fumo um cigarro na varanda do décimo quarto andar.
O céu limpo depois de algumas horas de chuva intensa.
Os prédios estão apagados.
Horizonte de luzes que nunca se apagam ou acabam.
O silêncio é ensurdecedor.
Só ouço o ruído da água descendo as ladeiras.
Silêncio! Perdizes está dormindo!
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
sábado, 18 de outubro de 2008
Senti(n)do
Sinto saudades do que ainda não vivi
Saudades do que está por vir
Saudades de você aqui
Sinto saudades do que ainda não vivemos
Saudades do que sentiremos
Saudades do que seremos
Sinto saudade de quem ainda posso ser
Saudades do que vou fazer
Sinto saudades de mim
Saudades do que está por vir
Saudades de você aqui
Sinto saudades do que ainda não vivemos
Saudades do que sentiremos
Saudades do que seremos
Sinto saudade de quem ainda posso ser
Saudades do que vou fazer
Sinto saudades de mim
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Um pouco de Fernanda Young
Sei das besteiras que faço
Das besteiras que falo
De onde vêm os hematomas
Dos medos e dos fracassos
Sei o que penso na insônia
Quando dou uma esmola
Quando digo minha glória
E penso nos vestidos
Sei das noites bebidas
Nos copos sujos e sujos
Conheço cada pedaço da rua
Conheço um pouco de tudo
E sei que digo mentira
quando digo "Sei de tudo"
Falo demais sobre mim
E quando vejo
Já disse
Algumas verdades
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
A Cura
Existirá, em todo porto tremulará (se hasteará)
A velha bandeira da vida
Acenderá todo farol iluminará
Uma ponta de esperança
E se virá, será quando menos se esperar
Da onde ninguém imagina
Demolirá, toda certeza vã, não sobrará
Pedra sobre pedra
Enquanto isso não nos custa insistir
Na questão do desejo, não deixar se extinguir
Desafiando de vez a noção
Na qual se crê que o inferno é aqui
Existirá
E toda raça então experimentará
Para todo mal a cura
Lulu Santos
terça-feira, 7 de outubro de 2008
In Sensível
...até que seu peito gritou parou de respirar até mudar a cor de seu rosto foi obrigado a suspirar para amenizar a dor do peito o ar não era suficiente o mundo estava diminuindo cada vez mais como se fosse esmagar não tinha chão não tinha céu não tinha controle não tinha ninguém não tinha a si próprio...
Então vomitou, como se pudesse colocar pra fora tudo que o fazia mal.
Ficou vazio.
Oco.
Não sentia mais nada.
Não sentia mais.
Não sentia.
Nada.
Então vomitou, como se pudesse colocar pra fora tudo que o fazia mal.
Ficou vazio.
Oco.
Não sentia mais nada.
Não sentia mais.
Não sentia.
Nada.
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